Vinho com uma cor límpida, cor rubi, brilhante, intensidade média. Nariz limpo sem defeitos, aroma com uma intensidade média (+), aromas primários, frutado, frutos pretos silvestres, ameixa e cereja preta, balsâmico, menta, esteva.
Na boca é um vinho seco, com acidez média, taninos médios (+), intensos, mas suaves, elegantes, álcool médio (+) (14,0º), corpo médio, amplo, intensidade média (+), frutado, apimentado, com um final médio (+) e boa persistência.
Quinta Dona Matilde Field Blend Tinto 2018
É um vinho com uma qualidade muito boa, elegante, equilibrado, muito frutado e balsâmico, fruta preta silvestre, envolvente, cheio de frescura e suavidade na boca. Está no num ponto ótimo para ser bebido, acompanhou uma carne de vaca grelhada maravilhosamente.
O Vinho do Porto é o alicerce do projeto Dona Matilde. Este clássico do mundo norteou o percurso de décadas de Manuel Ângelo Barros, administrador e fundador dos vinhos Dona Matilde, num envolvimento que se tornou histórico. O novo Quinta Dona Matilde Porto Colheira 2013 é também legado deste senhor do Douro.
É como uma fortaleza. O novo Quinta Dona Matilde Porto Colheita 2013 não vai em modas. “Estamos a fazer aquilo que sempre fiz: uma seleção de vinhos com boa qualidade para envelhecer em cascos com dezenas de anos, como deve ser e é tradição no Vinho do Porto”, responde Manuel Ângelo Barros, diretor geral da Quinta Dona Matilde. A tranquilidade e firmeza nas palavras deste produtor do Douro mantém-se quando especifica sobre o novo tawny da quinta: “Quem fez este Porto Colheita 2013 foi o tempo e o sítio onde foram produzidas e vindimadas as uvas”. É esta a permanência que quer transmitir, o Vinho do Porto de uma só colheita é a natureza que o faz.
O percurso profissional de Manuel Ângelo Barros testemunha que há também o contributo humano na produção deste grande vinho do mundo. Durante mais de três décadas, este engenheiro integrou a direção executiva de um dos cinco maiores grupos de Vinho do Porto do século XX, a Barros & Almeida. Entre as funções que lhe cabiam incluía-se tudo o que dizia respeito à produção: “Acompanhei sempre de muito perto o trabalho na sala de provas e do provador. Fiz várias formações de prova e análise de vinhos em Bordéus e comecei muito cedo a fazer vindima, a partir de 1977, e a ter responsabilidade na compra de vinhos para a nossa empresa”.
Uma vida no vinho do Douro
Estávamos no conturbado ano de 1975 quando o jovem licenciado em engenharia eletrotécnica acedeu ao apelo do pai e iniciou uma vida profissional no mundo do Vinho do Porto, na gestão da empresa da família, mas também na vida coletiva do setor, com um papel ativo em várias organizações. De 1979 a 1990, Manuel Ângelo Barros teve diferentes responsabilidades na Associação de Empresas de Vinho do Porto, da qual foi presidente entre 1983 e 1986. Integrou a Comissão Interprofissional do Vinho do Porto, do IVDP, de 1998 a 2002, e foi membro da direção da Associação para o Desenvolvimento da Viticultura da Região do Douro (ADVID).
Este percurso público trouxe-lhe um contacto privilegiado com nomes grandes do Vinho do Porto e uma riqueza de conhecimento sobre o setor, a par de vivências de intensidade humana: da oposição ao movimento Vintage pelo fim dos Porto Colheita, ao célebre tawny de 1937 que o avô servia aos amigos e do qual a cozinheira guardava religiosamente as sobras para fazer um pudim muito apreciado pela família, a vida no vinho de Manuel Ângelo Barros tem também o colorido das boas histórias.
Uma quinta de coração
Manuel Barros irá manter-se na direção da empresa da família até à sua venda, em 2006, ao grupo espanhol Sogevinus. Sem o Douro de toda a vida, acabou, alguns meses depois, por readquirir a Quinta Dona Matilde, propriedade da família desde 1927.
A partir desta quinta histórica do Douro localizada no coração da região e em conjunto com o seu filho, Filipe Barros, lança os vinhos DOC Douro Dona Matilde, em 2007. A par, mantém a produção de Vinho do Porto, apostando somente nas categorias de qualidade superior: Porto Vintage (edições de 2007, 2009, 2011, 2016 e 2017) e Porto Colheita (edições de 2008, 2010 e 2013).
Nota de prova
O Vinho do Porto Quinta Dona Matilde Colheita 2013 foi produzido a partir de uvas colhidas nas vinhas de baixa altitude da quinta. Envelheceu em cascos de madeira antigos de 600 litros, armazenados em Vila Nova de Gaia. Este Porto tawny de uma única vindima apresenta uma cor vermelho granada com aloirados e aroma intenso e complexo, com notas de compota de amora e ameixa e toques de frutos secos. Na boca, mostra-se denso, encorpado e com grande equilíbrio, dado por uma baixa sensação de doçura. Primeiro engarrafamento em outubro de 2020 de cerca de três mil garrafas.
Vinho com uma cor límpida, brilhante, intensidade média, com uma tonalidade amarela citrina, nariz limpo sem defeitos, aroma com uma intensidade pronunciada, floral, perfumado, flores brancas, citrinos, frutas tropicais, ananás, pêssego polpa branca, erva verde, notas de anis e pimenta branca.
Na boca é um vinho seco, com acidez média (+), intensa, fina, álcool médio (+) (14,0º), corpo médio (+), estruturado, enche a boca, frescura, ligeira adstringência, frutado, citrino, anisado, picante, textura mineral, sedoso, amplo, de intensidade pronunciada, com um final seco e agradável amargo final, longo e muito persistente.
É um vinho de com um nível de qualidade excelente, perfumado, muito elegante, equilibrado, com muita estrutura, citrino, cheio de frescura, aveludado, apimentado, gastronómico, criando uma grande envolvência na boca, que dá um enorme prazer. Pode ser bebido desde já ou guardar muito mais tempo.